quarta-feira, 4 de junho de 2014

Hora de Mudar

As exigências da FIFA e do Comitê Olímpico Internacional para que países e cidades sediem seus eventos são gigantescas. Desde infraestrutura aeroportuária, passando por hotelaria, redes de telecomunicações e sistema de transporte, os dois maiores órgãos do esporte mundial cobram níveis altíssimos de excelência de quem quer ter a “honra” de receber seus eventos.
Em troca, estas cidades/países têm exposição mundial que, se bem aproveitadas, podem colocar a nação na disputada rota de turismo mundial. Além disso, receber a Copa do Mundo ou as Olimpíadas pode servir como uma maneira de unir o país e retomar uma confiança e senso de conjunto perdidos.
Estocolmo considerou os altos gastos para sediar as Olimpíadas de 2022 e desistiu da candidatura
No entanto, o custo para sediar estes megaeventos está se tornando cada vez maior. Com isso, os cidadãos têm questionado as autoridades locais se vale a pena mesmo recebe-los. A cidade deLondres, por exemplo, gastou 9 bilhões de Libras para as Olimpíadas de 2012 (o previsto era 2,9 bilhões).
Em janeiro deste ano, a cidade de Estocolmo desistiu de se candidatar a sede dos Jogos Olímpicos de 2022. Os partidos políticos suecos, junto com o prefeito da cidade e o primeiro-ministro da Suécia, Fredrik Reindfeldt, revelaram os três motivos da decisão: a cidade tem prioridades mais importantes, a conta dos gastos para realizar o evento seria alta demais, e um eventual prejuízo com a organização dos Jogos teria que ser coberto com o dinheiro dos contribuintes. Mais informações aqui
Este posicionamento revela que FIFA e COI terão de repensar seus eventos. Desde o sistema de escolha (no caso da FIFA, suspeito de corrupção, como revelou o jornal inglês Sunday Times do últimodomingo), até as exigências de infraestrutura, tudo terá de ser redimensionado. Não é possível querer ser maior do que nações inteiras, por mais que os jogos atraiam a atenção do mundo todo
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